Entenda como funciona a margem de erro das pesquisas eleitorais

As eleições são um período bastante turbulento para os institutos de pesquisa, já que a população espera que a maioria “acerte” o nome dos vencedores na corrida às urnas, especialmente quando os cargos pretendidos são de destaque, como Presidência ou o Governo de um estado.

É nas idas e vindas dos gráficos dos principais candidatos que buscamos entender como funciona a margem de erro das pesquisas eleitorais, uma vez que é impossível garantir, com certeza absoluta, que o resultado das eleições vai ser o que as pesquisas determinam.

E tem jeito certo de delimitar como funciona a margem de erro e estabelecer critérios realistas para ela?

A verdade é que tem sim, uma vez que a pesquisa eleitoral é toda feita através de métodos científicos, mesmo quando os recursos utilizados são mais tecnológicos – como o software de pesquisa DataGoal, por exemplo.

Contudo, antes de entender como funciona a margem de erro nesse tipo de pesquisa é indispensável saber o que, afinal, é uma margem de erro e para que ela serve.

Entendendo como funciona a margem de erro em pesquisas

A margem de erro – que é aquele índice de pontos percentuais para mais ou para menos – não é levada muito em consideração quando o resultado das pesquisas é incontestável, como o nome de um candidato que tem 70% das intenções de voto, com margem de erro de cinco pontos percentuais para mais ou para menos.

Nesse caso do exemplo, seja como for, o candidato em questão está nadando de braçada, mesmo se a margem de erro se confirmar. Em um cenário de empate técnico, no entanto, é a margem que pode fazer toda a diferença.

Isso se explica através da metodologia de pesquisa eleitoral, feita, como todas as outras, de amostras. Afinal, não é viável, sob nenhum ponto de vista, perguntar a cem milhões de pessoas em quem elas vão votar nas próximas eleições.

Para saber a quantas andam as intenções de voto ao redor do país, é preciso fazer um recorte fiel da amostragem de pesquisa, colocando no escopo de entrevistas pessoas que tenham perfis-chaves para que os resultados sejam fiéis à realidade.

Nessa etapa, são escolhidos os respondentes através de uma série de características que podem dizer respeito a um grupo de pessoas que, provavelmente, vai desenvolver a mesma linha de raciocínio, dando aos pesquisadores uma noção interessante das intenções de voto.

Até aí tudo bem, mas como funciona a margem de erro nesse cenário?

Bem, a margem de erro será, então, a representação da estimativa máxima de erros que podem ocorrer dentro desse recorte de pesquisa, sejam eles quais forem: um respondente que foi perfilado da maneira errada, uma pergunta que não estava bem construída, alguém que respondeu de maneira diferente do que realmente pensa e por aí vai.

Quem define as margens de erro aceitáveis?

Os pontos percentuais da margem de erro para mais ou para menos são definidos pelos pesquisadores que elaboram a pesquisa, uma vez que eles entendem seu escopo e podem ser mais criteriosos nesse tipo de dado.

No caso específico das pesquisas eleitorais, quanto maior for a margem de erro, menos precisos são os prováveis resultados. Um exemplo: há muita diferença na margem de erro de 2% em relação à de 5% e a dessa em relação a de 10%, e por aí vai.

E, nem precisa dizer, os candidatos não podem se debruçar sobre as pesquisas eleitorais, por menor que sejam as margens de erro, achando que a eleição está definida ali: ao contrário disso, o que as pesquisas tendem a fazer é dar mais subsídios aos comitês de campanha para continuar na liderança da disputa ou virar o jogo.

O que faz a margem de erro ser pequena e os resultados mais realistas é a qualidade do recorte que é feito junto ao público entrevistador. Se uma pesquisa levar em consideração apenas um grupo de pessoas, como os filiados de determinado partido ou moradores de um só bairro, obviamente o resultado obtido será bastante enviesado.

Por isso, não importa muito onde você faça as pesquisas – se é pagando por um caro instituto ou utilizando um software online para essa finalidade – desde que a metodologia utilizada seja assertiva e aplicada no público correto.

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