O que é e como é mensurada a “intenção de voto” da pesquisa eleitoral

O voto é secreto, mas a mesma regra não se aplica às intenções de voto, que podem ajudar um candidato a ganhar as eleições se sua pesquisa eleitoral for bem assertiva.

A intenção de voto nada mais é do que a antecipação do desejo de voto de alguém por um candidato específico. Por exemplo: dentre os candidatos à presidência, em quem você deseja votar? Pode ser no A, no B, no C ou em nenhum deles. Anular o voto também é considerada uma intenção.

Com as respostas a essa pergunta tabuladas em uma pesquisa eleitoral, é possível saber como a população pretende votar antes que a hora do pleito chegue de fato. Dessa forma, os comitês de campanha podem direcionar melhor seu marketing e/ou divulgação de planos de governo para atrair mais eleitores.

A intenção de voto é uma confirmação de voto?

Impossível saber se o que um entrevistado fala em uma pesquisa vai se concretizar, principalmente se o intervalo de tempo entre a entrevista e o pleito for muito grande.

Um exemplo disso são as eleições de 2018, cujas pesquisas de intenção de voto para presidente já estão a todo vapor. É possível ver, através dos números divulgados pelos institutos de pesquisa, até quem iria para o segundo turno se a eleição fosse agora.

Contudo, as campanhas nem começaram ainda, e os planos de governo não foram divulgados. Com o início do processo eleitoral, tudo – ou nada – pode mudar. É por isso, inclusive, que as pesquisas de intenção não param: uma vez que os primeiros institutos divulgam seus números, os comitês dos candidatos vão encomendando uma pesquisa após a outra para acompanhar, de perto, suas chances de serem eleitos.

Apesar de não ser uma certeza, alguns dados históricos comprovam que as pesquisas eleitorais de intenção de voto fazem todo sentido: segundo o Data Folha, todos os presidentes eleitos no Brasil desde 1989 tinham pelo menos 17% das intenções de voto em abril do ano eleitoral.

Números como esses dão certa tranquilidade a alguns candidatos que já começaram a pedir suas pesquisas eleitorais e comprovam que pesquisas desse tipo não podem ser subestimadas por quem está na corrida direta pelo voto do eleitor.

Como fazer uma pesquisa de intenção de voto?

É impossível perguntar a todos os eleitores do país em quem eles vão votar para presidente, assim como não é muito plausível perguntar a todos os eleitores de um estado ou cidade em quem vão votar para governador, vereador, deputado, senador e prefeito sem gastar rios de dinheiro.

Por isso, as pesquisas de intenção de voto são feitas a partir de um recorte social que possa servir de retrato da população geral. Esse recorte precisa ser feito por pessoas especialistas em pesquisas, uma vez que perguntar a esmo para qualquer pessoa, de qualquer perfil, não vai adiantar nada para o resultado final do seu esforço.

A partir de um recorte preciso dos eleitores a serem entrevistados, é hora de ir a campo coletar os dados. Com a utilização de softwares de pesquisa, como o que a Data Goal desenvolveu, é possível tornar esse processo mais rápido, já que os dados são compilados e relacionados de maneira online, facilitando sua análise.

Após a análise, o instituto ou comitê responsável pela pesquisa precisa admitir uma margem de erro em seu próprio programa de entrevistas, para que ninguém seja induzido a pensar que a coleta é o resultado final e concreto das eleições. Afinal, por mais que seja, erros podem acontecer, e a margem de erro vai ser definida pelo mesmo especialista que conduziu a coleta em campo.

O processo não é difícil, desde que as regras estejam claras e o sistema usado para a pesquisa seja de fácil acesso. Se você precisar de ajuda nesse quesito, conte com a gente para descobrir todas as boas formas de pesquisar as intenções de voto da sua campanha – e saber quais as reais chances de candidatura dentro da área que você pretende ocupar.